Este post trata de uma experiência vivida na cidade de Palmital, no interior de São Paulo. Desembarquei lá, por conta e risco, no dia 25 de dezembro para filmar os violeiros que tocam na festa de Santos Reis. Descobri muito mais que isso. Fui muito bem acolhido por um povo de grande fé e dedicação, pessoas que realizam a festa de Santos Reis com a fama de ser a maior do nosso país. Muita coisa boa aconteceu durante os dias em Palmital. Nesta passagem, inclusive, fui batizado com o codinome de Mário Maravilha, em referência às frases de um palhaço talentosíssimo e de sábias palavras: “VIVA O CRAVO, VIVA A ROSA, VIVA A FLOR DA MARAVILHA”.
O foco na viola caipira, porém, não foi perdido. Muito pelo contrário. Nos dias antes da festa, acompanhando a Companhia Água das Anhumas pela jornada nas casas, tive a oportunidade de observar muito de perto o trabalho dos violeiros junto aos outros integrantes da bandeira. Fiz entrevistas com estes violeiros, tratando da importância do instrumento dentro de uma Folia de Reis e das formas de aprendizado do instrumento neste contexto tradicional. Também coletei, em imagem e som, demonstrações de como se tocar a viola nesta manifestação cultural religiosa. Neste processo pude perceber que, apesar de muito simples, a técnica empregada na execução é singular e insubstituível.
Por fim, posso dizer que encontrei violeiros de vários perfis tocando na companhia: há aqueles que aprenderam exclusivamente para tocar na Folia; aqueles que começaram acompanhando a Folia e depois se aprimoraram; também aqueles que nasceram com a viola debaixo do braço, que tocam de tudo, e se sentem honrados em acompanhar a bandeira e participar da festa; e inclusive aqueles violeirinhos que estão aprendendo . Crianças, jovens, adultos e velhos. Homens e mulheres, que empunham a viola para realizar uma festa de muita tradição e fé.
Realizei a última entrevista no dia 13 de Janeiro, um dia depois da grande festa, e embarquei no Andorinha, levando muita saudade de todos.
Estes registros realizados em Palmital estão destinados a compor um documentário que começarei a editar em breve. Aguardem.
Tem muito material que pretendo postar aqui. Por enquanto, ficamos com a gravação de uma reunião informal, realizada numa deliciosa tarde de sol. O pessoal tocou Chalana, música de Mário Zan imortalizada por Almir Sater, e um pagode de viola.
Assista ao vídeo.
Obs: para assistir em HD basta alterar a qualidade do vídeo no ícone que parece uma engrenagem, encontrado na parte de baixo da janela do youtube.
Mário, parabéns um belo projeto. bjs
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Valeu, Gi!
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Bacana, bem bacana!!!
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Opa! Que satisfação!
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Aliás, “A Moda É Viola” ajudou e ajuda muito nesse processo.
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Viva a folia e parabens a cidade de Palmital que eu nem conheço de perto.
Riquíssimo projeto Mário Sergio de Almeida (meu caçula amado).
“Muita luz para tudo o que possa ser de boa fé”
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Infelizmente não pude comparecer na festa. Em 2012, sim. em 2014 é certeza….Palmital e região, terra de violeiros…Jaco e jacozinho, jad e jerfeson, irmas galvão, dino franco e moraí…parabens pela materia
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Muio bacana! Precisamos combinar aquela visita ao Barro & Cordas.
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